quinta-feira, 4 de outubro de 2007



Ter o hábito de guardar jornais e revistas, artigos roubados de jornais alheios ou papéis rabiscados, por vezes, torna-se útil ou faz-me, simplesmente, (re)encontrar pequenos tesouros escritos…

“Em princípio, é no modo como um código é apropriado por um corpo que reside um estilo. O estilo passa pelos movimentos do rosto, pelo hábito do sorriso, pelo conjunto dos gestos, pelo tempo em que cada um se faz existir perante o tempo dos outros – por tudo isso que sentimos numa inflexão de voz, que observamos num olhar. Quando alguém desaparece, o que mais nos impressiona é que vemos um rosto inerte e falta-nos o que foi o seu estilo, algo de quase indefinível e sobretudo algo de irrepetível. O agudíssimo sentimento de perda vem daí.” Eduardo Prado Coelho, Público, 3 de Maio de 2005