sábado, 23 de fevereiro de 2008

“Klaus é um homem alto. Conheceu Johana porque ela olhou por cima de uma sebe verdíssima e olhou por cima de uma Primavera ainda mais verde que a sebe. Eles costumavam brincar:
Se tu não fosses tão alto, não te teria visto por cima da sebe.
E Klaus dizia a Johana:
Se eu não fosse tão alto a sebe seria mais baixa.
Klaus acreditava mais no destino do que Johana. Porém nunca há duas mudanças no mundo para um único efeito. Se Klaus fosse mais baixo, isso constituiria uma mudança no mundo. Se a sebe fosse também mais baixa, seriam duas mudanças no mundo. Se existissem dois factos diferentes no passado então não poderia ter sucedido o mesmo. O destino tem uma lógica própria. São necessários cálculos complexos para perceber o que poderia ter acontecido em vez do que realmente aconteceu.”

Um homem: Klaus Klump, Gonçalo M. Tavares


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

No dia em que se assinalam os 400 anos sobre o nascimento do Padre António Vieira, deixo a referência ao último romance de Inês Pedrosa: A Eternidade e o Desejo.
Um original e interessante cruzamento entre personagens actuais e os sermões mais e/ou menos conhecidos de António Vieira.

Não me arrebatou da forma que o fez Fazes-me Falta, mas continua a ser a minha escritora portuguesa de eleição.*

*Esforço-me para fazer a separação entre os romances que escreve e os artigos de opinião em que discorre sobre os professores e o ensino, temática que não domina minimamente... Pena não ter a inteligência e a humildade para o reconhecer e manter-se calada...