segunda-feira, 26 de maio de 2008

as palavras irritam-me
ficam sempre aquém
se quando não, sou eu que
fico aquém do
além onde elas estão



Bénéddicte Houart, Vida: Variações

sábado, 24 de maio de 2008




sexta-feira, 23 de maio de 2008


eu e os meus botões (6)


Dizem-nos que a vida é demasiado curta para que se guardem rancores e mágoas, mas pergunto-me, por vezes, se também não poderá ser muito longa para que andemos constantemente a dar a outra face…

sexta-feira, 9 de maio de 2008



eu e os meus botões (5)



Em Maio, todos os caminhos vão dar a Fátima...
.. e as minhas saudades também....




sábado, 26 de abril de 2008

O que é a Arte?

O desejo de ser diferente, de inovar e de provocar polémica por vezes vai longe demais:

“(…) A mais recente proposta do alemão Gregor Schneider está a causar polémica no seu país. O artista plástico anda à procura de um doente terminal que esteja disposto a agonizar e morrer no centro de uma instalação, na presença do público, dentro de uma galeria.

O artista defende a sua ideia com o argumento de que tornar a morte pública pode contribuir para amenizar o medo do momento final da vida.(…)

Scheneider, que alega ter recebido ameaças de morte depois de tornar pública a sua pretensão, afirma que tratará a morte de uma maneira respeitosa, e que o doente ficaria num espaço fechado, cujo acesso seria controlado, com um mínimo de privacidade. Segundo o artista, todo o processo artístico vai ser desenvolvido com o consentimento do doente e dos seus familiares, que poderão decidir a forma como o mesmo se apresentará em público.

Para políticos de esquerda e de direita, que criticaram o projecto, trata-se de um 'abuso da liberdade artística.” expresso


O que é a Arte?

Lembro-me de uma tarde de 6ª feira em que, na primeira aula de Teoria da Arte, passámos quatro horas a tentar responder a esta questão lançada pelo professor. Não chegámos a uma conclusão consensual…
Mas tenho a certeza de que a arte não é isto!

sexta-feira, 25 de abril de 2008



do Alentejo profundo... (4)



segunda-feira, 21 de abril de 2008

eu e os meus botões (4)

com muita frequência, perco-me a olhar pela janela….
o fundo azul celeste recortado pela serra… as nuvens muito definidas, ora brancas ora de um cinza escuro … dão-me a ilusão de estar a apreciar uma tela gigantesca exposta à minha frente…

apercebo-me, nesses momentos, de que esta paisagem também já me pertence.





Rita Redshoes - Dream on Girl





segunda-feira, 14 de abril de 2008

quinta-feira, 3 de abril de 2008






objectivos objectivos objectivos objectivos

objectivos objectivos objectivos

objectivos objectivos objectivos objectivos objectivos





Esta palavra não me sai da cabeça....



quarta-feira, 2 de abril de 2008


Dia Internacional do Livro Infantil


Da minha infância...






terça-feira, 1 de abril de 2008




Por que razão o dia 1 de Abril se transformou no Dia da Mentira?


Há muitas explicações. Uma delas diz que a brincadeira surgiu em França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, data que marcava a chegada da Primavera. Essas festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de Abril . Depois da adopção do calendário gregoriano, em 1564 , o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de Janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria a 1 de Abril. Passaram, então, a ser ridicularizados por pessoas que os gozavam, enviando-lhes presentes esquisitos e convites para festas que não existiam.
No Brasil, o 1º de Abril começou a ser difundido em Pernambuco, onde circulou "A Mentira", um periódico lançado a 1 de Abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez a 14 de Setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1de Abril do ano seguinte e dando como referência um local inexistente. Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fool's Day ou Dia dos Tolos, na Itália e na França é designado, respectivamente, pesce d'aprile e poisson d'avril, o que significa literalmente "peixe de Abril".(fonte: wikipedia)




segunda-feira, 31 de março de 2008



tertúlias, literatura e WC



Há quem se surpreenda com a emergência de tantas jovens “escritoras” e tantas publicações de lavra feminina nos escaparates das livrarias. Apenas compreendo este espanto se for proveniente de alguém que não frequente WCs femininos em escolas, universidades, cafés, áreas de serviço de norte a sul do país. Talvez apenas as mulheres possam compreender de que falo…
Na maior parte das vezes em que uma mulher se desloca a uma casa de banho é brindada com portas repletas de frases de auto (e hetero) ajuda, pérolas da sabedoria popular adaptadas ou não, rimas à moda de António Aleixo, poemas plagiados ou recriados pelas próprias, declarações de amor e paixão tresloucadas capazes de nos fazer corar perante a pequenez dos nossos sentimentos.
Desta forma, as casas de banho das senhoras tornam-se em locais de enriquecimento cultural e potenciais promotores de profunda reflexão. Para além de discussões filosóficas sobre o rímel, o blush ou o eyeliner, podem aí desenrolar-se autênticas tertúlias literárias.
Tenho a certeza de que há muita gente que nunca concluiu a leitura de um livro, nem mesmo de uma revista, não entrando para as estatísticas de leitores assíduos, e já leu dezenas ou talvez centenas de portas de WC… quem sabe até colaborou deixando um dos comentários opinativos ou contestatários que também por lá se encontram em abundância…
Considero, por isso, que as portas de WC não deveriam continuar a ser ostracizadas pela população em geral. Se existe o dia mundial do livro ou o dia internacional do livro infantil (que esta semana se assinala) por que razão não se assinala, também, o dia da literatura das portas de WC? Seria muito menos elitista e mais próximo do país real.




domingo, 30 de março de 2008



do Alentejo profundo...





pequenas coisas que me dão prazer (1)

... conduzir algumas centenas de quilómetros a ouvir rádio e... comprar o Público de domingo ...

quinta-feira, 27 de março de 2008


a voz dos outros (1)


- ‘Tão o tê rapaz?
- ‘Tá lá pra casa. Tomara já começar a escola… é mesmo caro de lidar, o raio do rapaz!
- É comó meu! ‘Tão as professoras descansadinhas em casa e a gente é qu’os tem qu’aturar!
- Ora não. Isso é qu’elas querem… e a gente qu’os aguente…






eu e os meus botões (3)


Toda a gente opina, tem certezas, apresenta um rol de argumentos inquestionáveis. Ninguém diz “talvez”, “é possível”, “não tenho uma opinião formada”. Cansei-me!
Hoje prefiro ficar com dúvidas e incertezas. Não me interessam os factos nem a validade dos argumentos. A realidade incomoda-me, as opiniões fundamentadas saturam-me.
Hoje, e só hoje, podem perguntar-me o que quiserem que eu darei o meu contributo para engrossar a percentagem dos “sem opinião”, onde também estão incluídos os que têm uma “opinião demasiado complexa para poder responder”.




sexta-feira, 21 de março de 2008

Sono coloquial

Da velhice
sempre invejei
o adormecer
no meio da conversa.

Esse descer de pálpebra
não é nem idade nem cansaço.

Fazer da palavra um embalo
é o mais puro e apurado
senso da poesia.

“Sono Coloquial” - Mia Couto
Idades cidades divindades

segunda-feira, 10 de março de 2008


Clã - "Sexto andar"



sábado, 23 de fevereiro de 2008

“Klaus é um homem alto. Conheceu Johana porque ela olhou por cima de uma sebe verdíssima e olhou por cima de uma Primavera ainda mais verde que a sebe. Eles costumavam brincar:
Se tu não fosses tão alto, não te teria visto por cima da sebe.
E Klaus dizia a Johana:
Se eu não fosse tão alto a sebe seria mais baixa.
Klaus acreditava mais no destino do que Johana. Porém nunca há duas mudanças no mundo para um único efeito. Se Klaus fosse mais baixo, isso constituiria uma mudança no mundo. Se a sebe fosse também mais baixa, seriam duas mudanças no mundo. Se existissem dois factos diferentes no passado então não poderia ter sucedido o mesmo. O destino tem uma lógica própria. São necessários cálculos complexos para perceber o que poderia ter acontecido em vez do que realmente aconteceu.”

Um homem: Klaus Klump, Gonçalo M. Tavares


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

No dia em que se assinalam os 400 anos sobre o nascimento do Padre António Vieira, deixo a referência ao último romance de Inês Pedrosa: A Eternidade e o Desejo.
Um original e interessante cruzamento entre personagens actuais e os sermões mais e/ou menos conhecidos de António Vieira.

Não me arrebatou da forma que o fez Fazes-me Falta, mas continua a ser a minha escritora portuguesa de eleição.*

*Esforço-me para fazer a separação entre os romances que escreve e os artigos de opinião em que discorre sobre os professores e o ensino, temática que não domina minimamente... Pena não ter a inteligência e a humildade para o reconhecer e manter-se calada...




terça-feira, 29 de janeiro de 2008

eu e os meus botões (2)

Por uma questão de sobrevivência, de há uns tempos a esta parte, decidi dedicar-me única e exclusivamente ao essencial. Constatei, no entanto, que muitos acessórios me são essenciais…

domingo, 27 de janeiro de 2008

"Há Amores Assim" Donna Maria