domingo, 11 de novembro de 2007



Para mim, castanhas assadas não são sabor, são cheiro.
São cheiro, imagem, som e tacto. E ambiente.
São tardes frias de Inverno, casacos quentes, camisolas de gola alta e cachecóis de lã.
São ruas de cidades cheias de gente, passeios ao anoitecer, mãos e narizes gelados.
São o crepitar característico do assador de castanhas.
São as vozes que me rodeiam ou as músicas de Natal.
São sorrisos e gargalhadas. São surpresas.
São embrulhos feitos de páginas de listas telefónicas ou de notícias passadas que me aquecem as mãos e a alma.



Fotografia de Pedro Vasconcelos