sexta-feira, 2 de novembro de 2007



“Ir ou não às aulas não deve ser relevante para a avaliação dos alunos. Maria de Lurdes Rodrigues foi ontem à RTP esclarecer que deve progredir na escola quem tiver notas positivas, independentemente da assiduidade. "A avaliação tem que incidir sobre o conhecimento: sabe, passa; não sabe, não passa", disse a ministra da Educação” in http://www.publico.pt/

Esta é a mesma ministra que inventou as aulas de substituição porque a falta de assiduidade dos professores prejudicava gravemente os alunos e o sucesso educativo?
A partir de que momento é que a assiduidade se torna relevante? Depois de assinar um contrato de trabalho?
Estarão já previstos cursos de formação intensivos entre o término da vida escolar e o início da vida profissional para incutir na cabeça dos futuros trabalhadores a necessidade de comparecer ao trabalho e de picar o ponto?
Poderá (porque não?) ser um curso inserido no programa Novas Oportunidades: conte-me a sua vida, diga-me como lhe é difícil entender a importância da pontualidade e assiduidade, elabore um portefólio onde reflicta sobre os seus progressos neste domínio e obtenha a validação e certificação de competências que lhe permitirão entrar no mercado laboral.
Podem começar já a redigir a Portaria 84776655386402375996/2007 que o regulamente… ainda consigo arranjar espaço na pasta de arquivo e consigo roubar mais uns minutos ao sono para ler e tentar digerir mais uns quantos decretos-lei, despachos normativos e declarações de rectificação.


* A ministra esqueceu-se de um pormenor: sabe passa, não sabe… arranja-se maneira de passar. Mas isso são outros quinhentos… e as portarias esperam-me.