
Não tenho qualquer dúvida de que quando resolver falar publicamente, e passadas quase três semanas desde o início desta alegada perseguição, o primeiro-ministro nos apresentará “provas fidedignas” da legalidade da dita licenciatura, e se esperarmos mais duas ou três semanas poderemos até ser surpreendidos por documentos que atestam o seu doutoramento.
No entanto, as razões que me levam a dizer que este ministro tem o dever de ser licenciado não é a sua arrogância e ar de superioridade; o facto de a licenciatura ser um dos atributos referidos por este governo como característica do funcionário público ideal; a imposição de sacrifícios a (quase) todos os portugueses; a perseguição que faz aos que trabalham no ensino com a desculpa de que é necessário conseguir a excelência; a recordação constante de que é necessário haver muito esforço, exigência e rigor pois só assim obteremos resultados.
Este primeiro-ministro tem a obrigação de ser engenheiro tão-só porque foi desse modo que se deu a conhecer aos portugueses.