Dia da Mãe
Detesto generalizações. Todas. Sem excepção. Quer tenham tendência a denegrir ou a enaltecer uma raça, um povo, uma profissão, um estatuto, uma condição social ou outras. A condição de mãe não foge à (minha) regra.
No dia da mãe criam-se poemas ou usam-se os de poetas consagrados e circulam pela Internet imagens e quadros alusivos ao dia. E generaliza-se.
Fala-se da condição de mulher-mãe como se fosse sinónimo de generosidade, altruísmo, alegria, partilha e uma quantidade inesgotável de sentimentos positivos. Neste dia, toda a gente se esquece que nem todas as mulheres que têm filhos são boas mães. E não penso apenas nas mães más, horríveis, sem carácter e sem escrúpulos que de vez em quando (com maior frequência do que seria desejável) saltam para as páginas dos jornais e preenchem os noticiários da rádio e da televisão. Toda a gente tem consciência, quanto mais não seja de tempos a tempos, que essas existem. Penso noutro género de mãe: egoísta, negligente, desinteressada. O tipo de mulher que apenas é mãe porque é isso que a sociedade espera que ela seja mas que, a partir do momento em que coloca uma vida no mundo, encara essa criança apenas como uma pessoa pequena que está em casa e precisa de alguns cuidados, mas pouco mais.
No dia da mãe criam-se poemas ou usam-se os de poetas consagrados e circulam pela Internet imagens e quadros alusivos ao dia. E generaliza-se.
Fala-se da condição de mulher-mãe como se fosse sinónimo de generosidade, altruísmo, alegria, partilha e uma quantidade inesgotável de sentimentos positivos. Neste dia, toda a gente se esquece que nem todas as mulheres que têm filhos são boas mães. E não penso apenas nas mães más, horríveis, sem carácter e sem escrúpulos que de vez em quando (com maior frequência do que seria desejável) saltam para as páginas dos jornais e preenchem os noticiários da rádio e da televisão. Toda a gente tem consciência, quanto mais não seja de tempos a tempos, que essas existem. Penso noutro género de mãe: egoísta, negligente, desinteressada. O tipo de mulher que apenas é mãe porque é isso que a sociedade espera que ela seja mas que, a partir do momento em que coloca uma vida no mundo, encara essa criança apenas como uma pessoa pequena que está em casa e precisa de alguns cuidados, mas pouco mais.
Há, ainda, as mães que pretendem que os seus filhos sejam reflexo dos seus desejos. Ambicionam que os filhos sejam social e profissionalmente tudo o que elas não tiveram condição ou possibilidade de ser, sem que haja o mínimo respeito pela individualidade e carácter da criança. Sem que o conceito de felicidade da criança seja tido em consideração. E pior: mostrando-lhe a frustração e o desprezo quando os objectivos que lhe impôs não são alcançados.
Estas mães passam, muitas vezes, despercebidas. Por vezes, até são consideradas mães normais ou boas mães, mas os seus filhos entendem os sinais que elas lhes enviam e se no primeiro caso vão sentindo a sensação de abandono, no segundo sentem a humilhação pela raiva e decepção que provocam nas duas progenitoras.
E é do conhecimento geral que as maiores marcas não são deixadas por uma palmada.
Estas mães passam, muitas vezes, despercebidas. Por vezes, até são consideradas mães normais ou boas mães, mas os seus filhos entendem os sinais que elas lhes enviam e se no primeiro caso vão sentindo a sensação de abandono, no segundo sentem a humilhação pela raiva e decepção que provocam nas duas progenitoras.
E é do conhecimento geral que as maiores marcas não são deixadas por uma palmada.
Não desejo, por isso, um dia feliz a todas as mães do mundo. Apenas o desejo à minha e a todas as outras boas mães.