Do cante alentejano...
Dentro de seis anos, a candidatura do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade será entregue à UNESCO, tendo como entidade promotora a Delegação Regional de Cultura do Alentejo, em associação com a Região de Turismo, as autarquias, escolas, associações e universidade. Para defesa da candidatura terá como embaixadores Vitorino e Janita Salomé.
Se o cante alentejano é conhecido de todos os portugueses, o mesmo já não acontece com a sua origem e evolução.
A revista Actual (12/05/2007) contactou o padre António Alfaiate Marvão, um dos maiores especialistas em cantares alentejanos, que situou a origem do cante alentejano no século XVI. Segundo o padre Marvão “o cante alentejano apresenta “vestígios” do sistema modal grego, adaptado e modificado por S.Gregório” acrescenta, ainda, que “o cante com as características que hoje se lhe conhecem tem por base melodias em tons maiores, apresenta o soluço eclesiástico, ou a pausa para respirar no meio da palavra, e mantém o acorde de trítono”.
De acordo com as informações fornecidas pela Actual, durante o século XV alguns frades da Serra d’Ossa terão frequentado as escolas de polifonia clássica e, posteriormente, terão ido para Serpa onde fundaram o convento dos paulistas e escolas de cante popular. A partir do século XVI começou uma lenta evolução originada pela necessidade de adaptar o cante à vida quotidiana das populações bem como à sua capacidade vocal. Apenas no século XIX se dá por consolidado musicalmente o cante, mais próximo do cantochão e afastado do gregoriano, como o conhecemos actualmente.
Aquele que é referenciado como o primeiro rancho organizado data de 1929 – o Grupo Coral e Etnográfico de Serpa – e actuou no Casino Estoril numa cerimónia de Estado. Foi a partir deste espectáculo que um importante musicólogo inglês (Rodney Gallop) tomou conhecimento, através do embaixador inglês, dos cantares alentejanos, tendo-se deslocado, em 1933, ao Alentejo para estudar este cante.
Foi, também, nos anos 30 que o musicólogo português Armando Lança se dedicou ao seu estudo e que Fernando Lopes-Graça e Michel Giacommetti fizeram uma recolha completa dos cantares alentejanos da margem esquerda do Guadiana.
É, ainda, de referir que deverá utilizar-se a designação cante, e não canto, obedecendo à pronúncia do povo alentejano, pois de acordo com Lindley Cintra “o povo quando modifica uma palavra para facilitar a sua pronúncia dá uma prova de inteligência”.
Se o cante alentejano é conhecido de todos os portugueses, o mesmo já não acontece com a sua origem e evolução.
A revista Actual (12/05/2007) contactou o padre António Alfaiate Marvão, um dos maiores especialistas em cantares alentejanos, que situou a origem do cante alentejano no século XVI. Segundo o padre Marvão “o cante alentejano apresenta “vestígios” do sistema modal grego, adaptado e modificado por S.Gregório” acrescenta, ainda, que “o cante com as características que hoje se lhe conhecem tem por base melodias em tons maiores, apresenta o soluço eclesiástico, ou a pausa para respirar no meio da palavra, e mantém o acorde de trítono”.
De acordo com as informações fornecidas pela Actual, durante o século XV alguns frades da Serra d’Ossa terão frequentado as escolas de polifonia clássica e, posteriormente, terão ido para Serpa onde fundaram o convento dos paulistas e escolas de cante popular. A partir do século XVI começou uma lenta evolução originada pela necessidade de adaptar o cante à vida quotidiana das populações bem como à sua capacidade vocal. Apenas no século XIX se dá por consolidado musicalmente o cante, mais próximo do cantochão e afastado do gregoriano, como o conhecemos actualmente.
Aquele que é referenciado como o primeiro rancho organizado data de 1929 – o Grupo Coral e Etnográfico de Serpa – e actuou no Casino Estoril numa cerimónia de Estado. Foi a partir deste espectáculo que um importante musicólogo inglês (Rodney Gallop) tomou conhecimento, através do embaixador inglês, dos cantares alentejanos, tendo-se deslocado, em 1933, ao Alentejo para estudar este cante.
Foi, também, nos anos 30 que o musicólogo português Armando Lança se dedicou ao seu estudo e que Fernando Lopes-Graça e Michel Giacommetti fizeram uma recolha completa dos cantares alentejanos da margem esquerda do Guadiana.
É, ainda, de referir que deverá utilizar-se a designação cante, e não canto, obedecendo à pronúncia do povo alentejano, pois de acordo com Lindley Cintra “o povo quando modifica uma palavra para facilitar a sua pronúncia dá uma prova de inteligência”.
Foto: Grupo Etnográfico Vozes de Almodôvar